Keoma Calandrini

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Keoma tem uma receita simples: observar, assistir, ler, juntar tudo e desenhar. Foi a forma que ele descobriu, na infância, de brincar e se comunicar. A diversão de garoto passou a ser um objetivo profissional quando, na adolescência, leu um manhwa (quadrinho coreano) chamado Ragnarok onde, nos créditos, mostrava que o artista responsável pela ilustração era formado em Design Visual. Desde então, os quadrinhos orientais passaram a ser uma inspiração pro rapaz.

Hoje com 28 anos, Keoma Calandrini é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e um amante declarado de games,esportes, animações e filmes. Para o ilustrador, todo artista acha um significado ou uma razão pro que faz com a linguagem que trabalha. Atualmente, o desenho pra ele é diversão e profissionalismo. A arte é tão presente na vida do profissional que a inspiração para seu nome de batismo vem do longa-metragem “Keoma”, de 1976.

Os filmes de ficção científica também marcaram a vida de Keoma. Na exposição Neo Belém, o artista traz essa referência, através do cyberpunk, e fala de um futuro onde dispositivos com tecnologia de ponta estarão disponíveis no dia a dia de todos. Nas obras, é possível encontrar personagens que vivem na pobreza e à margem da sociedade, tudo girando entorno da conexão neural direta com o ciberespaço. É uma exposição para pensar a cidade a partir da ficção, imaginando como será a sociedade do amanhã.