Foi só com o surgimento das câmeras digitais que Sette resolveu investir em um equipamento novo e pediu para a mãe comprar a câmera em Belo Horizonte. Juntou as economias e deu o dinheiro certinho pra aquisição de uma Nikon D40, mas quando a câmera chegou, foi surpreendido com uma do modelo D80. “Simplesmente o vendedor disse que a D40 não prestava e ela trouxe a outra que custava mais que o dobro do preço. O equipamento era tão caro que decidi que tinha que aprender a fotografar profissionalmente”, contou.
A falta de um curso técnico de fotografia, em Belém, acabou criando uma oportunidade para o primeiro negócio no ramo. “Chamei vários profissionais pra dar aula pra mim, comecei a montar turmas, alugar salas e assim iniciei”, lembrou Fernando, que logo depois montou um estúdio fotográfico e iniciou a carreira como profissional.
Mas a certeza de que a fotografia ocupava um lugar importante na sua vida foi há dois anos, quando fez um registro do Ver-o-Peso no fim de uma tarde no mês de junho, em um dia que nada parecia dar certo. “Olhei pra foto e vi o quanto ela podia me mudar radicalmente. Eu tinha passado um dia com muita raiva e aquela foto fez com que eu esquecesse tudo. Foi aí que eu vi o quanto a fotografia era forte para mim”, relatou Fernando Sette, que tenta manter a rotina de registrar o mercado nesse período.
Sem obedecer a uma única linguagem fotográfica, o artista transita entre vários estilos, que vão do retrato às paisagens, passando por cobertura jornalística e de eventos, desde que o processo seja um desafio pessoal. “Pra mim é legal ficar caçando coisas diferentes para fazer na fotografia”, afirmou o fotógrafo que topou o desafio de fotografar bonecos inseridos em pontos turísticos da cidade. O resultado fez parte da exposição BR Toys Collection que aconteceu no ano passado com mostra de bonecos em miniatura hiper-realistas. As fotos você confere na nossa Galeria Visual desse mês.